Não Perder as Estribeiras
O ódio excita contendas, mas o amor cobre todas as transgressões. Provérbios 10:12
Dalton, Carlos, Jáder, Marcos e Sílvio eram cinco amigos sem muita coisa para fazer num domingo. Embarcaram no velho carro de Dalton e atravessaram a cidade em busca de diversão. Pararam numa lanchonete para comprar algumas latas de refrigerante e uns pacotes de salgadinhos.
Carlos sentou-se na frente com Dalton. Marcos estava espremido no banco traseiro, entre Jáder e Sílvio, enquanto andavam pelas ruas com as janelas todas abertas. Davam risada quando Dalton fazia curvas, jogando Jáder e Marcos por cima de Sílvio. Este, bem-humorado, empurrava de volta, e os três se divertiam com a brincadeira. De repente, Jáder entornou sua lata de refrigerante e derramou o líquido gelado no colo de Sílvio.
– Sílvio está precisando ir ao banheiro! – gritou Marcos. Ele e Jáder riam histericamente, tentando evitar que Sílvio despejasse o resto de sua lata sobre Jáder. Marcos agarrou a lata e livrou-se dela.
Todos se dobravam de rir, e Sílvio começou a rir também. Ele não se sentia muito à vontade com as calças molhadas. Queria vingar-se, mas não sabia exatamente como.
Na volta, ao chegarem à frente da casa de Sílvio, todos já se haviam acalmado um pouco, mas começaram a rir outra vez enquanto ele subia os degraus diante da porta.
– Você precisava se ver num espelho! – gritou Carlos, enquanto o carro partia.
“Devo estar engraçado mesmo”, admitiu Sílvio, depois que eles tinham ido embora. “Ver-me pelas costas deve ser cômico. Mas também fiz minha cota de coisas bobas. Não vale a pena perder as estribeiras por causa de uma brincadeira inconsequente. Meus amigos são mais importantes para mim do que estas calças molhadas.”
A decisão de Sílvio, de não levar a sério aquela brincadeira entre amigos, embora não tivesse gostado dela, foi uma aplicação prática de Provérbios 10:12.
Mantendo a Amizade
Se quiser conservar seus amigos, você precisa cuidar para não magoar-se com trivialidades. Aprenda a fechar um olho para certas atitudes. Não vale a pena tirar a limpo determinadas coisas.